Um garoto tímido, que gosta de brincar de bolinhas de gude, vai a uma loja para aumentar sua coleção do brinquedo. Ele se confunde e escolhe um saco com bolinhas de cores e formas diferentes que, na verdade, são doces.
Mas não são balas comuns: elas têm o poder de dar voz a objetos, animais e pessoas —efeito que dura enquanto o doce está na boca. O garoto prova a primeira de seis balas, que lembra a estampa de seu sofá. O móvel ganha vida e pede que ele tire um controle remoto perdido que o incomoda. A segunda tem as cores do pelo de seu cachorro, que inicia uma conversa franca com o dono.
Por fim, resta uma bala transparente —contar mais é spoiler. Com essa história, “Magic Candies” concorre ao Oscar de melhor curta-metragem de animação. A cerimônia de entrega dos prêmios, que tem na disputa o nacional “Ainda Estou Aqui”, ocorre neste domingo (2).
O curta foi produzido pelo estúdio japonês Toei Animation, com direção de Daisuke Nishio, a partir do livro infantojuvenil ilustrado “Balas Mágicas”, da escritora sul-coreana Heena Baek. A obra foi publicada no Brasil pela Companhia das Letrinhas e está à venda.
A trama acompanha Dong-Dong, garoto que passa os dias passeando com seu cachorro, levando broncas do pai e brincando sozinho, pois as outras crianças não o convidam para brincar juntao.
Para construir os personagens, figurinos e cenários de seu livro, Baek usa técnicas de arquitetura e cenografia. A cena é montada como se fosse uma casinha de bonecas e depois é fotografada –como numa produção de stop motion.
Essa técnica é simulada no curta-metragem por meio de efeitos de computação gráfica. Os cenários são criados com base em fotos tiradas de lugares reais na Coreia do Sul, onde se passa a história, narrada em japonês. O curta, no entanto, ainda não está disponível no Brasil.