O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez referência ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à Alemanha, à Venezuela e ao Banco Mundial para ironizar nesta quinta-feira (13) a decisão do ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), de marcar para este mês o julgamento que pode torna-lo réus pela tentativa de golpe em 2022.
Bolsonaro publicou na rede social X (antigo Twitter) no início da noite desta quinta.
“Um inquérito repleto de problemas e irregularidades contra mim e outras 33 pessoas está indo a julgamento em apenas 1 ano e 1 mês (de 8 de fevereiro de 2024 a 25 de março de 2025). É impressionante!”, escreveu ele.
O STF vai analisar no dia 25 de março se Bolsonaro e os outros denunciados vão se tornar réus, o que não significa que eles serão julgados agora, como afirma o ex-presidente.
“Parece que o devido processo legal, por aqui, funciona na velocidade da luz. Mas só quando o alvo está em primeiro lugar em todas as pesquisas de intenção de voto para Presidente da República nas eleições de 2026”, completou.
Antes de se referir a seu caso específico, Bolsonaro primeiro citou, e marcou na rede social, o presidente dos EUA, Donald Trump.
“Nos EUA, a perseguição contra @realDonaldTrump e as ridículas acusações de “insurreição” levaram quase 5 anos para serem convertidas em denúncia formal –e depois foram reduzidas a pó pela escolha soberana do povo americano”, escreveu Bolsonaro, afirmando ainda que “tudo correu na primeira instância, com uma breve consulta à Suprema Corte sobre matéria constitucional”.
Depois citou que um caso de suspeitas sobre um grupo acusado de planejar um golpe na Alemanha em 2022 “continua tramitando na primeira instância e deve levar anos até ser encerrado”.
“Mas no Brasil, que tem a 30ª justiça mais lenta do mundo, segundo o Banco Mundial”, continuou o ex-presidente, “o judiciário mais caro do mundo, segundo diversas fontes; que não está nem entre os 70 melhores no ranking global de Estado de Direito; e que só supera a Venezuela em imparcialidade…”, afirmou, ironizando a celeridade do processo.