A doença que matou 52 pessoas no noroeste da República Democrática do Congo neste mês pode ser malária ou intoxicação alimentar, segundo disseram autoridades locais de saúde nesta quinta-feira (27).
O surto começou em dezembro do último ano, e pelo menos 943 pessoas adoeceram na província de Equateur com sintomas como febre, fadiga, vômitos e perda de peso, afirma Dieudonne Mwamba, diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde Pública do Congo. O diagnóstico, segundo ele, é de malária, mas ainda existe a suspeita para intoxicação alimentar.
“Não é uma doença desconhecida e misteriosa. É um fenômeno envolvendo crianças que consumiram carne de caça”, acrescenta Mwamba à Reuters.
A OMS (Organização Mundial da Saúde) disse em comunicado que identificou 1.096 casos e 60 mortes que se encaixam na definição da doença.
Num boletim de 16 de fevereiro, a instituição disse ter recebido relatos indicando que crianças consumiram uma carcaça de morcego antes do início dos sintomas.
Uma dúzia de amostras testou negativo para febre hemorrágica viral, enquanto 78% dos exames testaram positivo para malária, afirma o diretor de Saúde do Congo. Até o momento, cinco vilarejos do país foram afetados, segundo Ngashi Ngongo, dos Centros Africanos para Controle e Prevenção de Doenças.
A OMS afirmou que irá intensificar a vigilância e trabalhará com as autoridades locais de saúde para conduzir investigações adicionais.