O ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo faleceu em São Paulo na madrugada desta quarta (19).
A família divulgou um comunicado afirmando que o vel´´rio ocorrerá na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, no hall monumental, entre as 10h30 e as 15 horas.
O sepultamento será no Cemitério do Araçá, às 16 horas.
Jurista, escritor, professor e político, Lembo ingressou na política em 1978, ao ser candidato ao Senado pela Arena, defendendo a abertura e a volta dos civis à política. Foi derrotado por Franco Montoro, do MDB, que depois virou governador de São Paulo.
Já naquela época, Lembo surpreendia: ele era presidente da Arena e estava no Paraguai quando Leonel Brizola, então exilado e considerado o inimigo público número um da ditadura, pousou naquele país.
Lembo foi recebê-lo no aeroporto e os dois depois conversaram longamente, para desgosto dos militares e de integrantes da Arena.
Eleito vice-governador de São Paulo em 2003, ele assumiu o governo em 2006 e enfrentou a maior crise até então já vista no estado, quando o PCC matou mais de 40 policiais militares.
Em entrevista à Folha, ele afirmou que “o problema de violência no Estado só será resolvido quando a ‘minoria branca’ mudar sua mentalidade. Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa”.
E seguiu: “A bolsa da burguesia vai ter que ser aberta para poder sustentar a miséria social brasileira no sentido de haver mais empregos, mais educação, mais solidariedade, mais diálogo e reciprocidade de situações.”
O PFL ameaçou expulsá-lo.
Ao sair do governo, Lembo foi chamado pelo entao prefeito Gilberto Kassab para entrar no PSD, sendo o seu filiado número um.
Kassab era o amigo mais próximo de Lembo na política, e o visitava semanalmente.