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O advogado Robert F. Kennedy Jr., indicado pelo presidente Donald Trump para chefiar o Departamento de Saúde dos Estados Unidos, negou durante sabatina perante o Senado, nesta quarta-feira (29), que ele seja antivacina, a despeito de seu histórico de espalhar desinformação sobre a imunização.
Citando um livro que escreveu em 2014 ao senadores, que devem confirmá-lo ou rejeitá-lo no cargo, Kennedy disse: “A primeira linha diz ‘Não sou antivacina’ e a última linha diz ‘Não sou antivacina’.”
Caroline Kennedy –embaixadora e filha do ex-presidente John Kennedy– enviou uma carta aos principais senadores, na terça (28), apelando para que derrubem a nomeação do primo ao cargo. Robert é filho do ex-senador Robert F. Kennedy (1925-1968).
No texto, Caroline o chama de “predador viciado em atenção”. Diz, ainda, que o primo propaga afirmações falsas sobre vacinas e que não está apto para chefiar a pasta da Saúde.
A prima apelou para que o Senado rejeite sua nomeação afirmando, entre outros motivos, que o familiar se torna um perigo ao ocupar um cargo responsável por gerir a saúde nacional. Na carta, descreve que o primo levou outros membros da família ao vício em drogas.
Como defensor do movimento antivacina, Kennedy expressou visões obscuras e conspiratórias do governo anterior, da imprensa, das instituições científicas e, durante anos, da indústria farmacêutica. Promoveu teorias absurdas e desacreditadas.
Os legisladores do congresso americano vão sabatinar Kennedy nesta quarta e quinta (30).