A esposa do ex-atacante Ronaldo, Celina Locks, criticou nas redes sociais a falta de apoio do marido na tentativa de se candidatar à presidência da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
Ronaldo oficializou no fim do ano passado sua intenção de se candidatar. No último dia 12, contudo, ele disse que desistiu da empreitada ao não receber o apoio de dirigentes das federações estaduais.
“O sistema é PODRE! Um líder em exercício quintuplicando ‘apoio’ financeiro às federações, após o seu anúncio, para garantir apoio político não nos representa! Que cada federação estadual aceite as migalhas de uma gestão baseada em migalhas. Meus pêsames ao futebol brasileiro e a todos os seus apaixonados. São eles que perdem. #prontofalei”, escreveu a modelo ao comentar no post feito por Ronaldo no qual ele anunciava a desistência.
Ela também fez publicações nos stories do Instagram, em que diz que “a corrupção continua”, acompanhada de uma foto da CBF, e que “o Brasil é um país para sentir nojo”.
No cargo desde 2021, primeiro de maneira interina após o afastamento do antecessor Rogério Caboclo, e eleito em 2022, Ednaldo convocou nesta semana as eleições da CBF para a próxima segunda-feira (24), um dia antes da partida entre Brasil e Argentina pelas Eliminatórias para a Copa.
Para poder se candidatar à presidência da CBF, é preciso obter o apoio de ao menos quatro federações estaduais e de quatro clubes das Séries A ou B.
Além disso, o colégio eleitoral é formado pelas 27 federações e pelos 40 clubes das duas séries principais do futebol brasileiro. A decisão, contudo, acaba sempre nas mãos das federações, cujos votos têm peso 3 nas eleições, contra peso 2 dos clubes da primeira divisão, e peso 1 dos clubes da segunda.
Em seu primeiro contato com as 27 filiadas, Ronaldo disse ter encontrado “23 portas fechadas.” O ex-atacante relatou que as federações se recusaram a recebê-lo, “sob o argumento de satisfação com a atual gestão e apoio à reeleição.”
“Portanto, fica claro que não há como concorrer”, disse o ex-camisa 9 da seleção brasileira. “A maior parte das lideranças estaduais apoia o presidente em exercício, é direito deles e eu respeito, independentemente das minhas convicções.”