22 mar 2025, sáb

Presidente da Previ será destituído, dizem aliados de Lula – 21/03/2025 – Mercado

Integrantes do governo apostam na queda iminente do presidente da Previ, João Fukunaga. A Previ é o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmam que a decisão já está tomada. Ainda segundo interlocutores do presidente, um nome de perfil técnico está cotado para a vaga. A Previ foi procurada, mas ainda não comentou o assunto.

Fukunaga sofre desgaste desde que o TCU (Tribunal de Contas da União) abriu uma auditoria em caráter de urgência para avaliar as contas da Previ.

O ministro Walton Alencar Rodrigues, responsável pelo pedido, disse em plenária do tribunal que dados publicados pela Previ mostram que, entre janeiro e novembro de 2024, o Plano 1 do fundo, o maior da instituição, acumulou prejuízo de R$ 14 bilhões —em 2023 e 2022, o resultado para o mesmo período foi positivo em R$ 5,6 bilhões e R$ 5 bilhões, respectivamente.

A diretoria da Previ alegava que déficit de um determinado período não pode ser confundido com prejuízo. Outro argumento foi o de que a Previ não precisou vender ativos em 2024 para recomposição de suas reservas ou cumprir com suas obrigações.

O Plano 1 encerrou o ano de 2024 com déficit de R$ 17,6 bilhões, de acordo com balanço divulgado na semana passada. O valor contrasta com o superávit de R$ 9,8 bilhões em 2023.

Fukunaga preside a Previ desde março de 2023. Ele foi criticado à época nas redes sociais e entre aposentados por falta de experiência na área. Ele é funcionário do BB desde 2008 e também tem no currículo trajetória como dirigente sindical —ingressou na diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região em 2012.

Sua nomeação é creditada ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Apesar de sua influência, Vaccari não conseguiu deter a pressão interna do governo pela saída Fukunaga, segundo esses aliados de Lula.

O presidente da Previ chegou a ser afastado da presidência do fundo depois de dois meses no cargo após o deputado estadual Leonardo Siqueira de Lima (Novo-SP) entrar com uma ação na Justiça. O TRF-1 derrubou a decisão e ele foi reconduzido ao cargo dias depois.

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