A Firefly Aerospace, de Cedar Park (Texas), tornou-se, neste domingo (2), a segunda missão robótica a fazer um pouso privado na Lua. A primeira foi concretizada em 22 de fevereiro do ano passado pela Intuitive Machines, que tentará, nos próximos dias, uma nova alunissagem privada.
A missão Ghost Riders in the Sky foi lançada em 15 de janeiro deste ano e estava em órbita lunar baixa, o que garantiu belas imagens enviadas à Terra.
Tanto as missões da Intuitive Machines quanto a da Firefly foram impulsionadas ao espaço pelo foguete Falcon 9, da SpaceX, empresa de Elon Musk. O Falcon 9, no momento, é o único veículo de capacidade orbital confiável a fazer pouso e reúso frequente do seu primeiro estágio.
Além das duas, a empresa Astrobotic, de Pittsburgh, nos EUA, também tentou alcançar a Lua no começo do ano passado, porém fracassou ainda no trajeto, devido a um vazamento de combustível.
Próximo tentativa
A Astrobotic tentou alcançar a Lua com o foguete Vulcan Centaur, no primeiro voo do veículo desenvolvido pela United Launch Alliance (ULA), joint-venture da Boeing e da Lockheed Martin.
O segundo pouso da Intuitive Machines na Lua deve ser tentado na quinta-feira (6), em Mons Mouton, próxima ao polo sul lunar.
Dependendo de como for o desempenho dessas missões, a taxa de sucesso de missões comerciais com financiamento da Nasa pode alcançar consideráveis 75% —atualmente é de 50%. Ao mesmo tempo, pelo número reduzido dessas empreitadas até o momento, fracassos podem levar a taxa a meros 25%.
Para termos de comparação, a média das missões robóticas lunares conduzidas desde o início da exploração espacial, a começar pela soviética Luna-1, em 1959, é pouco mais de 50%.
Os Estados Unidos e a extinta União Soviética são as nações que dominaram, até agora, os pousos lunares. Mais recentemente, porém, a China, a Índia e o Japão (com alguns problemas) também colocaram robôs em solo lunar.