Os servidores do meio ambiente do governo federal rebateram a declaração do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e defenderam o presidente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Rodrigo Agostinho.
Nesta quinta-feira (20), Silveira insinuou que faltaria “coragem” a Agostinho para autorizar a licença ambiental para perfuração do poço de petróleo da Petrobras na Foz do Amazonas.
Em nota, a Ascema, associação dos servidores ambientais, afirma que o processo de análise do caso precisa acontecer “sem ingerência política ou tentativas de intimidação”.
“O ministro tem invadido de maneira inaceitável as atribuições de um órgão de Estado, exercendo pressão pública indevida sobre o Ibama, que é uma autarquia federal com competência técnica e autonomia para decidir sobre processos de licenciamento ambiental”, diz o documento.
Os servidores, que já rebateram também falas do presidente Luiz Inácio Lula da silva (PT) que criticavam Agostinho, dizem estar atentos contra tentativas de enfraquecimento.
Eles protestam contra as reiteradas declarações de Silveira sobre o tema, lembrando que o instituto está sob o Ministério de Meio Ambiente e não de Minas e Energia.
“[As falas] configuram uma tentativa de constrangimento institucional e demonstram total desrespeito às normas que regem o processo de licenciamento ambiental no Brasil, o que não é compatível com o cargo que [o ministro] ocupa e deveria honrar”, diz o texto.