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Quem acha que só a geração Z está no TikTok publicando dancinhas está desatualizado. Só 33% dos usuários do aplicativo têm entre 18 e 24 anos.
Um relatório do time de pesquisa do Santander quis mostrar que a plataforma é um ambiente interessante para estimular os negócios no Brasil. Vamos aos detalhes.
Brasileiros na rede. 111 milhões de brasileiros passam uma média de 60 minutos diários no TikTok, segundo dados levantados pelo banco.
Cerca de 51% dos usuários têm de 25 a 44 anos, ou seja, provavelmente têm um salário.
É aí que entra…a TikTok Shop. Uma iniciativa da empresa que já funciona na Inglaterra e nos Estados Unidos e permite os usuários da rede a comprarem o que estão vendo nos vídeos dentro da própria plataforma.
No exterior, tem dado certo: 71% de quem usou o e-commerce passa da descoberta para a compra dentro do ambiente online.
E o Brasil? A loja pode aterrissar aqui eventualmente, de acordo com o Santander. Procurado pela Folha, o TikTok informou que ainda não tem planos concretos para isso no país.
O Brasil é o terceiro maior mercado da rede social, fica atrás apenas da Indonésia e dos Estados Unidos.
Some a isso a capacidade de engajamento do sistema. Os algoritmos do TikTok geram de três a quatro vezes mais engajamento que o Instagram no nosso país.
O resultado projetado pelos autores do relatório é que a TikTok Shop poderia abocanhar entre 5 e 9% do e-commerce brasileiro em até três anos do seu lançamento no país.
Quem ganha e quem perde? As marcas que estão acostumadas a lidar com o público no ambiente digital, ganham. Quem (ainda) não chegou lá, perde.
A pesquisa levantou algumas empresas que podem se dar bem com a (possível?) chegada da TikTok Shop no Brasil, confira:
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Boticário, Burger King, Smart Fit e Natura estão bem-preparadas para uma empreitada do tipo, pois criam conteúdo com bom engajamento;
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Renner, C&A e Mercado Livre também têm potencial para construir uma base de clientes no novo e-commerce;
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Azzas 2154, Guararapes, SBF e Vulcabras precisam se preparar melhor para esse momento, na análise do Santander.