O vereador Adrilles Jorge (União Brasil) protocolou na Câmara Municipal de São Paulo um projeto que proíbe veiculação de músicas com conteúdo pornográfico, violento e de apologia às drogas em escolas municipais.
O texto cria os Conselhos de Avaliação Musical, formados por diretores, professores e inspetores de alunos, para analisar as músicas em eventos e atividades pedagógicas. As penalidades em caso de descumprimento podem ser de advertência, multa ou suspensão.
O vereador afirma que a proposta tem a finalidade de proteger o ambiente educacional, garantindo que as músicas reproduzidas nas mais de 4.000 unidades de ensino municipais não transmitam mensagens que prejudiquem o desenvolvimento e o senso crítico dos alunos, entre crianças e adolescentes.
“Considerando a importância da música no processo educacional e formativo, propomos que sejam evitadas dentro das escolas letras com apologia à pornografia, à violência e ao uso de drogas, por mais na moda que tal música esteja. Não importa se toca no TikTok, se o vizinho também ouve, se viu na tevê no programa de domingo. Dentro da escola, não”, diz.
O projeto é parte de uma ofensiva de vereadores conservadores contra músicas consideradas inadequadas na cidade. Em janeiro, a vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) apresentou projeto para proibir que a prefeitura contrate artistas que façam apologia ao crime, apelidado de “anti-Oruam”, em referência ao rapper carioca.